segunda-feira, 30 de junho de 2014

Lápis.

Chegar em casa muitas vezes não significa exatamente descanso. Casa é o lugar que se estuda, lê, cozinha, se faz projetos de trabalho. Lógico que também é o lugar onde se conversa, recebe visitas, vê filmes, dorme, toma banho, chora, bebe vinho e se  faz sexo.

São cinco horas da tarde, Lia toma banho e por estar sozinha em casa, por conta do calor e pela pressa em ir estudar coloca um robe, ou penhoar se preferir, de seda vermelha, é uma excelente imitação de um robe japonês, seu comprimento chega um pouco acima do joelho. Após isso ela vai estudar. Duas horas de estudo, pausa para um café, se senta novamente perante a escrivaninha para ler mais um pouco, em meio a leitura lembra do namorado, a frase escrita no livro parece saída de sua boa. Lê mais um pouco, a concentração parece estar escapando, é obrigada a ler duas vezes o mesmo paragrafo para o entender, resolve anotar algo no caderno, a ponta do lápis esbarra de leve em seus seios sem querer, ela faz a anotação necessária, e pensa se precisa anotar mais alguma coisa, tem o péssimo hábito de morder a parte superior do lápis , vai então mordendo a ponta do lápis, devagar e forte, o fazendo girar entre seus dentes, passando a língua de leve enquanto morde, chega a conclusão de que não irá escrever mais nada sobre o assunto, tira o lápis da boca, deslizando devagar a  ponta do lápis para o lábio inferior fazendo uma pequena pressão sobre este e depois deslizando até o queixo e por fim o pondo novamente na escrivaninha e voltando a ler. As roupas feitas de seda tem um pequeno defeito, elas “deslizam” fácil e rapidamente, então caso sejam amarradas com mesmo material o laço feito não dura muito tempo, por esse motivo o robe abriu um pouco mais, deixando o seios praticamente a mostra. Enquanto isso ela lia com avidez. Lembrou de outra anotação, novamente o lápis esbarrou nos seios, sem querer, porém feita a anotação, como se o objeto tivesse ganhado vida própria ,este roçou a parte superior dos seios, abrindo um pouco mais o robe, já bem aberto, pelo lado direito e depois passeando de leve novamente pelo seio direito, pelo meio, assim chegando ao seio esquerdo e desse lado também abrindo um pouco mais o robe e passeando devagar pelo seio e então descendo devagar pela barriga até chegar ao ponto onde estava o laço da fita que amarrava o robe, a outra mão, que não possuía a companhia do lápis, pousada sobre a coxa esquerda, que já estava sem nenhum pedaço do robe, a acariciava e passando para o lado interno da coxa, subindo a mão que roçou de leve no meio das duas pernas para passar para a outra coxa e ir descendo ao poucos pelo lado interno, enquanto isso o lápis subiu novamente acariciando os seios dela, leve, porém direto, pelo pescoço e acabando novamente na boca onde os dentes mordiscavam, dessa vez carinhosamente, sua ponta e a língua roçava com força e, como se ela estivesse em hipnose ou dormindo, onde qualquer barulho poderia a despertar, o barulho de algo caindo no vizinho de cima a despertou. Deixou de ler, guardou o lápis na gaveta e foi se trocar para poder sair.

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