-Eu trocaria o pavê pela pizza de ontem.
-Vamos trocar então. . .
-Eu prefiro salgado.
-Eu prefiro doce.
Depois desse diálogo enfim o silêncio. Preciso lavar
minha cozinha, preciso arrumar o quarto, a casa e a minha vida e ir fazer
almoço na casa de um amigo. Mas estou aqui conversando com ele. Sempre isso.
Transtorno completamente quando estou apaixonada.
Seria ideal um gostar de doce e outro de salgado? Afinal
se os dois gostassem de salgado uma hora haveria briga. . .Mas o desejo é de
ser igual, mesmo braços, perna e voz. Porém, a vontade de ser igual, é
boa até que ponto?
Ser diferente é bom, mas não muito (tudo tem limite).
-Sacanagem, você ficar com o salgado e eu com o doce.
Verdade, era sacanagem mesmo, tinha pensado a mesma
coisa, a mesma frase.
-Também acho, acabei de pensar nisso. Tem algo errado ai.
Ri igual retardada do lado de cá, ele eu não sei. Ele ri
na minha presença, de longe, o riso é imaginário. . .E não confio muito naquilo
que não vejo ou não percebo, confio no que sinto, por que geralmente quando eu
sinto eu arrepio a espinha, é físico. Mas assim, por mensagem na internet, como
saber? Como sentir?
Eu ainda precisava lavar a cozinha, eu ainda tenho um
milhão de coisas pra fazer.
-Da próxima a gente troca. Vou arrumar umas coisas aqui.
-Tá certo, eu também.
-Beijo.
-Beijo.
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