quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Eu quero ser esquecido, ela quer ser admirada...

Existe uma música do Strokes chamada “What ever happends?”. Toda vez que a ouço, lembro de mim e de alguns amigos próximos. Nossas situações amorosas são parecidas com partes dessa música. Claro que ao colocar essa trilha sonora em nossas histórias amorosas estou florindo uma desgraça, pois é isso que é o amor: uma desgraça e a paixão é uma praga. Porém a paixão consegue ser melhor que o amor. Ela passa. Nossas vidas não se resumem a amar e ser amado, não somos tão carentes ou inocentes assim, mas a grande maioria de nós já provou o fel do amor e quer esquecê-lo com uma entrega carnal ou com ambições fatais. Não somos bons o bastante para o amor, ou não é esse o ponto?
O que, entre nós, mais bebe desse cálice e sem recusável medo o assume não é o mais feliz sempre, mas o mais feliz temporariamente, ele nos prova todos os dias que o amor não é felicidade, que o amor é o amor e ponto, único e independente nada se compara a ele e nada é ele. Eu já fugi, todos fugimos, e já fomos de encontro a esse sentimento e nada ainda deu certo.

Nos rasgamos e nos enterramos em bares por isso, desejamos queimar a casa ou cortar os pulsos, nada adianta, nada vale quando se sente isso. Nós continuamos nos desencontros da música, brincando de chegar e partir, se envolver e correr, cair e carregar, até, por fim, esquecermos o amor ou preencher o vazio que sua falta nos faz.

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